08 maio 2011

Cálculo em Pediatria

Olá!

Bom...hoje o conteúdo não é muito diferente.
Cálculos.....  sim. Já postei muito sobre o tema, né?
Mas há uma diferença de suma importância em um setor....
a Pediatria.

Para quem não sabe, os cálculos neste setor são diferentes. Mas, onde exatamente?

O que vai diferenciar é, que vamos calcular apenas qual seria a dose proporcional ao peso ou a idade ( em meses ou anos ) da criança ok?
Estou colocando aqui o ponto de vista de Médico até onde sei (estou sendo sincera), pois a Enfermagem não presenciei Enfermeiros realizando este cálculo, apenas administram a dose supostamente já calculada pelo médico e/ou laboratório, no caso de comprimidos, ou no caso de administrar medicamentos intravenosos em associação de soro (diluente).
Como é o médico quem faz o cálculo, da dose prescrita, mas no geral é a Enfermagem quem administra, o que por uma eventualidade poderá ter que fazer o cálculo também, e por Lei não existe essa de "aahh eu não sabia", ou seja, eximir-se de culpa por não estar ciente de sua atribuição como profissional da área. Se a pessoa é graduada ela DEVE SABER o cálculo e os riscos de administrar a dose e o medicamento errado, está na grade curricular....se não quis aprender é imprudência mesmo....ou em outros casos irresponsabilidade da Instituição em que estudou, não ensinar.

Enfim, no final, leva a culpa quem administra a medicação e não necessariamente quem a prescreve.
O que vai se manter?
*  Cálculo de macrogotas seria igual, mas na Pediatria usamos mais as microgotas, o qual o cálculo é igual também ok? Referente claro à dose pediátrica.
*  Cálculo de horas por minuto também será mantido.
* OBS: vou usar o  ponto "  .  "  como sinal de multiplicação, ok? Pq se eu usar o X em algumas operações de regra de 3 pode confundir com o X (como variável).


TEMOS   3   FÓRMULAS

REGRA DE CLARK    -   para crianças ( até 12 + -)

Dose infantil = peso da criança . dose adulto
                               70

Exemplo  Regra de Clark
 1) Um fármaco é prescrito para uma criança de 14kg e a dose para adulto corresponde a 100mg. Qual a dose a ser administrada para a criança?

   14  .  100mg
   70

0,2 . 100 = 20mg devem ser adm.



REGRA DE FRIED -  para Lactentes com idade inferior a 2 anos

Dose infantil = idade em meses dose adulto
                              150

Exemplo Regra de Fried
1) Qual a dose de um fármaco para um lactente de 6 meses, sendo que a dose para adulto é de 50mg?

   6     50mg
 150

0,04  .  50 = 2mg devem ser adm.



REGRA DE YOUNG - para crianças de 2 a 12 anos e quando temos apenas a idade como referência.

Dose infantil =    idade da criança        .  dose média para adulto
                        idade criança + 12

Exemplo Regra de Young
1) Qual a dose a ser administrada de Fenobarbital para uma criança de 3 anos, sendo que a dose para adulto corresponde a 30mg?

    3     . 30    =       3   .  30
3+12                     15

0,2 . 30 = 6mg devem ser adm.


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FONTE: Apostila de Pediatria FMU, 2010.
Livro: Cálculo e Administração de Medicamentos na Enfermagem - 2011
Autores: Silva, Marcelo Tardelli da - Silva, Sandra Regina L.P.T
Editora: Martinari

30 março 2011

Carrinho de Emergência

Olá ! Humm....muito tempo que não escrevo né?
 ....mas volto com uma novidade!

Muita gente já ouviu falar (ou não), já viu (ou não)....um Carrinho de Emergência.
Mas....
Quais suas funções exatamente?
O que contem nele? ( dispositivos....medicamentos....kits...)
Qual a aparência?
Quantas gavetas / compartimentos, e o que contem em cada uma?
Qual o procedimento de conferência?
Essas e outras perguntas serão respondidas em breve....sim !

No momento ( 7º semestre da graduação), estou estagiando em um hospital, ótimo aliás, segundo os casos que surgem para assistenciarmos, juntamente com nossa professora que nos auxilia e ensina bastante alguns macetes da área, permitindo também que façamos tudo que vimos nos livros e apostilas, na prática, e que a gente saia dessa fase do estágio sabendo realizar os procedimentos.

Toda 6ªfeira os alunos fazem a conferência nos carrinhos, sendo 1 por andar.
Vou disponibilizar a lista aqui do que contém cada gaveta e fotos explicativas.... claro que você pode pesquisar no Google rssss mas vou evidenciar nossa realidade lá no hospital, e espero ajudar a  expandir a visão de quem ler o post.

_______________ COMPONENTES_____________

PARTE SUPERIOR

Em um primeiro momento podemos observar aqui, na parte superior do carrinho algumas coisas.

1. Oxímetro de Pulso
Utilizado para nos mostrar a Saturação de O2 , Freq. Cardíaca, Freq Resp. e identificar uma possível
Acidose ou uma Alcalose ao menos que seja respirátória (isso faz parte da disciplina de UTI na graduação...mas não vou aprofundar nesta postagem).

2. Desfibrilador Manual
Este é diferente do DEA (Desfibrilador Externo Automático) o qual também pode ser usado, mas pode
variar de setor, e o custo $$$ é outro também, por possuir mais tecnologia, e identificar quantos Joules serão utilizados para chocar o paciente e etc.

3. Suporte para Infusões - suporte para soro.

4. Tesoura - presa ao carrinho para cortarmos o lacre... e embalagens de infusões...etc

5. Protocolo para Parada - é a ordem do que se deve fazer em uma PCR ( Parada CardioRespiratória)
e o que cada profissional deve fazer

6. Pasta de Conferência da Aparelhagem - Contem impressos com algumas informações sobre os Joules (unidade de energia utilizada para chocar o paciente), se há cabo de ECG para realizá-lo momentaneamente, local para assinarmos. Abaixo da grade deve-se escrever, por.ex.

"Aberto carrinho para conferência dia 23/03/2011. Falta cabo de ECG - Assinatura/COREn "

7. Pasta de Conferência de Medicamentos e Dispositivos -  Contem impressos com o que há em cada gaveta e a quantidade de cada dispositivo/medicamento. Espaço para data de validade e dia da conferência, o que contém em cada Kit. Abaixo de tudo escreve-se novamente:

"Aberto carrinho para conferência dia 23/03/2011 - Assinar"

Se a farmácia não tem medicamento para repor...por exemplo:

"Aberto carrinho para conferência dia 23/03/2011. Farmácia deve KCl - Assinar"


* Há conferência uma vez por semana, no domingo, e quando há alunos na instituição confere-se de
sexta. Uma vez ao mês confere-se a validade dos medicamentos e dispositivos como sondas.

1ª GAVETA

Adenocard – adenosina        2amp

Adalat        3cp

Adrenalina           20amp

Água Destilada          10 amp

Aminofilina      3 amp

Ancoron – amiodarona       5amp

Atropina        10 amp

Bicarbonato de Sódio        3 amp

Bricanyl – terbutalina        3 amp

Cloreto de Potássio          3amp

Hidantal         3amp

Dilacoron – verapamil        3 amp

Dobutrex       1 amp

Dopamina         10amp

Flebocortid 100mg         3fr

Flebocortid 500mg         1fr

Glicose 50%            5amp

Gluconato de Cálcio       3amp

Diazepan         1amp

Isordil SL        3cp

Lasix – furosemida         5amp

Noradrenalina           5amp

Haldol – haloperidol         5amp

Sulfato de magnésio        3amp

Xylocaína          1fr

Tridil - nitroglicerina        1 amp

Niprid – nitroprussiato deNa         1 amp



2ª  GAVETA

Equipo bureta                   1unidade

Agulha 13 x 4,5                  5

Agulha 30 x 7                     5

Agulha 30 x 8                     5

Agulha 40 x 12                  10

Seringa 1ml                        2

Seringa 5ml                       5

Seringa 10ml                     5

Seringa 20ml                     5

Equipo para bomba           1

Equipo macrogotas            2

Equipo fotosensível             1

Luvas de procedimento      10 pares

Gel de contato                 1 fr

Eletrodos                        10

Micropore                       1

Lacre                              2

Polifix                             3

Garrote                           1

Jelco nº 16                      3

Jelco nº 18                      3

Jelco nº 20                      3

Jelco nº 22                      3


3ª  GAVETA

Óculos                            1

Intracath adulto               2

Polifix                             1

Máscaras                       5

Fluxômetro                     1

Sonda de aspiração válvula               3

Sonda Foley nº 12                     1

Sonda Foley nº 14                     1

Sonda Foley nº 16                     1



4ª GAVETA

Ringer Simples 500 ml            1

Ringer Lactato 500 ml            1

SF 0,9% 100 ml                    1

SF 0,9% 250 ml                    1

SF 0,9% 500 ml                    1

SF 0,9% 1000 ml                  1

SG 10% 500 ml                    1

SG 50% 500 ml                    1

SG 50% 1000 ml                  1

Manitol                                 1

Polisocel / Hisocel                1

Bicarbonato de Sódio          1



_______   KITS  _______


Kits servem para facilitar a vida do paciente e do profissional em casos de sondagem, intubação, passagem de cateter central...etc.

KIT CVD - Cateterização Vesical de Demora

Seringa 20 ml                              1

Xylocaína                                    1

Coletor Sistema Fechado             1

Gaze                                            2

PVPI Alcoólico                            1

Agulha 40 x 12                             2

Luva estéril 7,5                             1

Luva estéril 8,0                             1

Luva estéril 8,5                             1

AD 10 ml                                      1



KIT NASOGÁSTRICA

SNG (Levine) nº 12

SNG (Levine) nº 14

SNG (Levine) nº 16

Xylocaína gel

Coletor Sistema Aberto

Gaze

Seringa de 20 ml



KIT INTUBAÇÃO

Ambu                                     1

Fio guia                                  1

Gaze                                       2

Cânula orotraqueal 7,0            1

Cânula orotraqueal 7,5            1

Cânula orotraqueal 8,0            1

Luvas estéril 7,5                      1

Luvas estéril 8,0                      1

Luvas estéril 8,5                      1

Guedell                                   2

Laringoscópio / testar              1

Pilhas reserva                          2



KIT  UMIDIFICADOR

Cateter O2 tipo óculos

Umidificador

Extensão de O2

Água Destilada 125 ml




KIT NEBULIZADOR

Água destilada 500 ml

Nebulizador completo (máscara + traquéia)



KIT INTRACATH

Bisturi                                  1

Seringa 10 ml                       1

Seringa 20 ml                        2

Equipo macrogotas               1

Fio Mononylon 3.0               1

Gaze Estéril                           2

Luva estéril 7,5                      1

Luva estéril 8,0                      1

Luva estéril 8,5                      1

PVPI alcoólico                      1

SF 0,9% 250 ml                    1

Água Destilada                      2

SF 0,9% 10 ml                      1

Polifix                                     1

Xylocaína sem vascstr.            1



KIT ASPIRAÇÃO

Extensão de aspiração de O2      1

Luva estéril 7,5                           1

Xylocaína gel                              1

Frasco a vácuo aspiração            1

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Aspirador a vácuo e Umidificador



Kit Intubação


Parte Superior do Carrinho


Carrinho


1ª Gaveta


2ª Gaveta


3ª Gaveta


Kit Intracath = Adulto


Impresso



Bom, sobre os Kits para saberem como se apresentam:
colamos sempre uma etiqueta com o nome do kit, data da conferência e nome de quem o fez.
Dispositivos como nebulizador, umidificador, aspirador e ambu são esterilizados e trocamos semanalmente.

Espero que tenha ajudado na compreensão, as informações que postei aqui.
De qualquer forma, o legal é que posso acessar de qualquer lugar também.  =D
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07 dezembro 2010

Enfermagem Cirúrgica e Centro Cirúrgico

Hello !
Depois de algum tempo...volto a postar....depois de tantas provas e madrugadas acordada rsssss

Desta vez, vamos mudar um pouco a temática né?
Chega de cálculos por enquanto (postarei alguns de UTI que serão bem tensos ...prepare-se  rsssss).
Neste post trago algo mais da Admissão do Paciente

Como aprendido e citado em várias disciplinas como: Enf Clínica, Semiologia e Semiotécnica,
Centro Cirúrgico (CC), Enf Cirúrgica e CME e RA e etc...precisamos de algo para avaliar o paciente
que é a famosa SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem, porém no CC ela é chamada de
SAEP - Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória.

ETAPAS DA SAEP

1. Avaliação Pré-Operatória de Enfermagem
2. Transoperatório de Intraoperaório
3. Recuperação Anestésica
4. Visita Pós-Operatória de Enfermagem

TERMINOLOGIA


Período Pré-Operatório Imediado = é definido como as 24horas antes da cirurgia.
Transoperatório = Tem associado o Período Intraoperatório, a Recuperação Anestésica (RA) e o pós operatório imediato.
Pós-Operatório Imediato (POI)= Até 48hs após o procedimento anestésico-cirúrgico.
Pós-Operatório Tardio (POT) = após 30 dias da cirurgia (ou a partir do 15º dia segundo alguns autores)


ADMISSÃO DO PACIENTE

O objetivo geral é promover o ensino ao paciente e a família com medidas de recuperação a fim de aumentar sua autoconfiança e facilitar a prática do auto-cuidado no pós-operatório

Ações Específicas do Enfermeiro

* Entrevista admissional
* Realização do exame físico
* Proporcionar as melhores condições físicas e emocionais para a cirurgia
* Provisão da segurança do paciente
* Processos alérgicos
* Transfusão sanguínea
* Checagem de exames
* Promover ações com a equipe interdisciplinar
* Avaliar os dados e registros sobre a evolução do pcte
* Orientar pcte / familiar sobre as medidas de prevenção das complicações no Pós-Op.
* Realizar planejamento educacional verbal e prescrito
* Avaliação dos efeitos dos agentes anestésicos para saber o que esperar no Pós-Op
* Monitorização dos SSVV
* Gerenciamento da Dor
* Prevenção de complicações (saber Histório da Cirurgia, Intercorrências, Anestésicos, Tipo/Situação Anatômica da Cirurgia
* Antecedentes Patológicos

Exames Diagnósticos e Laboratoriais

* ECG
* Radiografia de Toráx
* Exames de Imagem ( TC tomografia / angiografia)
* Tipagem sanguínea e Fator Rh
* Eletrólitos para avaliar Função Renal:
  ♦ Sódio 135-146 mEq/L
  ♦ Potássio 3,5 - 5,0 mEq /L
  ♦ Creatinina 0,8 - 1,2 mEq/dL
  ♦ Uréia 10 - 50 mg/dL
  ♦ Ca2+ = Cálcio
* Glicemia de jejum 75- 100mg/dL
* Hemograma:
  ♦ Hb (hemoglobina) 13,5 - 17,5 g/dL
  ♦ Ht (hematócrito) 38 - 50 %
  ♦ Leucócitos 3.500 - 10.5000 mm³
* Coagulograma:
  ♦ Plaquetas 150.000 - 450.000 mm³
  ♦ TP (tempo de prótrombina) 11 a 13seg
  ♦ TTPA (plaquetas)
  ♦ TS (tempo de sangramento)
  ♦ INR 1,00 - 1,20
* Função Hepática
  ♦ TGO
  ♦ TPG
  ♦ Gama GT

Muito bem, agora vamos pular rapidamente para o Pòs-Op.



ADMISSÃO DO PACIENTE NO PÓS-OP. NA UNIDADE CIRÚRGICA

* Confirmação da reserva de vaga com o CC para Unidade Cirúrgica
* Nome e idade do paciente, prontuário e pulseira de identificação
* Intervenção / cirurgia realizada
* Médico / Cirurgião
* Previsão para Admissão na unidade
* Designar membro da equipe
* Exame Físico para otimizar a Assistência

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CLASSIFICAÇÃO DE CIRURGIA POR POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO

A ocorrência ou não de infecção vai depender de muitos aspectos, mas principalmente
da quantidade do agente inoculado e da sua virulência, além da capacidade de defesa do hospedeiro.
O número de microorganismos presentes no tecido a ser operado determinará o potencial de
contaminação da cirurgia.
Também vale lembrar que é algo importante nas provas da facul rsssss, é solicitado em várias
disciplinas....então vamos lá, porque essa classificação?


* Surgiu por volta da década de 60 com a finalidade de nortear o uso racional de antibióticos.
Classificação elaborada pelo Ministério da Saúde através da Portaria 2616 de 1998 => quem dá
a classificação é o cirurgião, somente no final da cirurgia.


CIRURGIA LIMPA

são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local. Cirurgias Eletivas não traumáticas, e sem penetração nos tratos respiratório, digestório e genitourinário, sem qualquer falha na técnica asséptica e sem drenos.~

* Artroplastia ou prótese de quadril
* Cirurgia cardíaca sem CEC (circ. extra corpórea)
* Neurocirurgia
* Mamoplastia
* Ooforectomia
* Enxertos cutâneos
* Dermatológicas / Plásticas


CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADA

são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana residente pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação. Abertura do trato respiratório, digestório ou genitourinário sob condições controladas, sem contaminação significativa.

* Histerectomia
* Prostatectomia
* Feridas traumáticas limpas, com ação cirúrgica até 10hs após o trauma
* Cirurgia cardíaca prolongada com CEC


CIRURGIA CONTAMINADA

realizadas em tecido colonizado por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível. Incisão na presença de inflamação não purulenta aguda, quebra grosseira da técnica asséptica, trauma penetrante há menos de quatro horas.

* Apendicectomia
* Desbridamento de queimadura
* Cirurgia bucal e dental
* Fraturas expostas após 10hs de ter ocorrido o trauma


CIRURGIA INFECTADA

realizada em qualquer tecido ou órgão quando há presença de secreção purulenta, área necrótica ou corpo estranho; perfuração de vísceras, trauma penetrante há mais de quatro horas, ferida traumática com tecido desvitalizado ou contaminação fecal.

* Cirurgia do reto e /ou ânus com pus
* Cirurgia abdominal com presença de pus e conteúdo do cólon
* Nefrectomia com infecção


Taxas de Infecção do Sítio Cirúrgico de acordo com Potencial de Contaminação

1.  C. Limpa - 1 a 5%
2.  C. Potencialmente Contaminada - 3 a 11%
3.  C. Contaminada - 10 a 17%
4.  C. Infectada - 27%

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BIBLIOGRAFIA:

* SOBECC, Práticas Recomendadas, 2007.
* MEEKER, MH e ROTHROCK, JC. Alexander. Cuidados ao paciente Cirúrgico, 1995.
* Possari, JF. Centro Cirúrgico, 2004.
* BRUNNER e SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica,2002.

Bom este é apenas um resumo de um semestre, porém, algo importante, básico e que não
deve ser esquecido para o bem-estar do paciente, assitência de qualidade realizada por você
e é claro a reputação do seu setor e de seu trabalho.
Espero que tenha sido válido o post.


Até mais

23 outubro 2010

KPC (klebsiella pneumoniae carbapenemase): a Superbactéria?



Novas medidas vão reforçar a prevenção de infecções por microrganismos multirresistentes

22 de outubro de 2010

A Anvisa reuniu, nesta sexta-feira (22/10), em Brasília (DF), infectologistas, microbiologistas e especialistas em infecção hospitalar para discutir recomendações e medidas de prevenção das infecções hospitalares provocadas por microrganismos resistentes a antibióticos. O resultado das discussões vai integrar uma nota técnica dirigida a hospitais, secretarias de saúde e comissões de controle de infecção hospitalar e será publicada nesta segunda-feira (25/10).


Na mesma data, os diretores da Agência aprovaram a obrigatoriedade de que os serviços de saúde brasileiros disponibilizem solução alcóolica para a higienização das mãos dos profissionais de saúde em todos os pontos de atendimento aos pacientes. Os estabelecimentos deverão cumprir a norma a partir de 60 dias, contados da publicação da resolução no Diário Oficial da União.


Já as farmácias e drogarias brasileiras vão passar a reter a receita médica durante a venda dos antibióticos. Esses estabelecimentos terão 30 dias para se adequar à norma a partir da publicação da medida. As duas resoluções devem ser publicadas no Diário Oficial da União na próxima semana.


Os recentes casos de infecção hospitalar registrados no Brasil trouxeram à tona um problema de amplitude mundial: a resistência natural que microrganismos, como bactérias, vírus e fungos, adquirem ao longo do tempo e que pode ser acelerada por ações humanas, como o uso irracional de antibióticos.


Assista ao vídeo da entrevista com o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano. (site da anvisa)
http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home/!ut/p/c5/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hnd0cPE3MfAwMDMydnA093Uz8z00B_AwN_Q_1wkA48Kowg8gY4gKOBvp9Hfm6qfkF2dpqjo6IiAJYj_8M!/dl3/d3/L2dBISEvZ0FBIS9nQSEh/#

Resumo do vídeo:

"De acordo com informações da Anvisa e dos especialistas podemos informar a população e manejar
o controle das infecções."

O diretor da ANVISA responda à algumas perguntas que ele fez e as respostas dos especialistas como:

1) Os casos de infecções hospitalares causados pela KPC relatados até o momento representam algum episódeo excepcional em relação ao historico das infecções hosp. no Brasil? Algo fora do controle?

R: Não. Estudos isolados conduzidos por centros de pesquisa indicam que a taxa média de infecção hospitalar no Brasil situa-se em 14% e não houve alteração, nem pela KPC.

2) Desde quando existem casos relatados dessa bactéria?

R: O primeiro caso foi em 2005 , descrito em 2009. Dados da OMS descrevem que em 2000, nos EUA 14.000 indivíduos são infectados e morrem a cada ano em consequência de bactérias multi-R adquiridas em ambiente hospitalar.

3) Há dados que indiquem que as infecções por KPC estão ocorrendo com maior incidência em relação aos demais microorganismos multi-resistentes?

R: Não, e ainda existem outros mais multi-resistentes ainda, considerados pelas comunidade científicas internacionais, patógenos multi-R causadores de infecções relacionadas à resistência , outros 4 tipos que são tao ou + prevalentes no bra e no mundo

4) A morbidade e mortalidade causada por essas infecções é maior do que a dos outros microorganismos?
R: Não, não existem evidências.

5) Há medidas específicas que devem ser adotadas nos casos de infecções hospitalares causadas por essa bactéria (KPC)?

R: Não. São medidas de prevenção e controle aplicadas contra a disseminação de agentes multi-R na assi a saúde e em especial na higienização das mãos, Precaução Padrão e de Contato e a Política Nacional do Uso dos Antibióticos.

6) Bom, se não há nada em especial nesse microorganismo, porque ocorrem então, infecções hospitalares, e de forma geral como elas podem ser evitadas?

R: As infecções são resultado de uma série interações entre o angente infeccioso e o paciente e sua imunidade, o local, as técnicas de procedimento realizadas. As infecções por bactérias multi-R ocorrem no ambiente hospitalar e são mais frequentes em pacientes com quadro de saúde mais debilitado, em cirurgias de politraumas, UTI (acamados) com uso de vários procedimentos de caráter invasivo, que é quando se instalam, mas que na verdade são infecções causadas por esse microoganismo, e que surgindo nesse ambiente se tornam mais resistentes aos antibióticos do que os fora do ambiente hospitalar. Por isso que os programas das comunidades de Comissão de Controle de Infecções Hospitalares  devem direcionar as ações para o monitoramenteo da res. è fund q os hosp e autoridade sde sau ident o perfil de resistencia. Alguns desenvolveram mais resistencia, e nem sempre todas as inf sao causadas por esses, mas o importante é compreender como a resistência se altera ao longo do tempo. As unidades de saúde devem aplicar de forma correta o manejo de tratamento dessas infecções, como um bom diagnóstico, identificação mais precisa da cepa do microoganismo, a escolha mais apropriada do antibiótico, pra que não utilize de maneira inadequada ou desnecessária.

7) É possível afirmar que o quadro de infecções hospitalares no Brasil tem se agravado com o que chamamos popularmente de superbactérias?

R: O grupo foi taxativo em dizer SIM. Em todos os países do mundo, é tido como problema de saúde pública, e mundial. Quanto mais as equipes de saúde estiverem preocupadas no manejo desse problema vamos conviver melhor e submeter menos pessoas ao risco de infecções ou morte.

8) Há meio de diagnóstico de infecções hospitalares disponível nos hospitais do Brasil? Há antibióticos pra tratar todas as infecções hospitalares que apareceram até hoje?

R: Para as duas perguntas SIM.  "

continuação....
"Além dessas perguntas, o grupo trabalhou num documento que será transformada em uma nota técnica que será publicada na segunda-feira e trazem uma série de recomendações para os Serviços de Saúde, CCIH, trabalho assistencial e laboratorial de Saúde Pública, e as CCIH devem notificar e serem notificadas e analisar e cobrar as Unidades de Saúde no cumprimento segundo a Portaria de 1998.

Outro dado preciso é onde já houve presença ou caso de microorganismo relacionado à KPC e números sobre Brasília e outros Estados.

NÚMERO DE PACIENTES INFECTADOS PELA KPC EM AMBIENTE HOSPITALAR

Dados relacionados de Julho de 2009 à  Julho de 2010 indicam:
Estados de Espírito Santo 3, Goiás 4 , Minas Gerais 12, Santa Catarina 3.

Dados de Julho de 2009 à Outubro de 2010
São Paulo 70 casos.

Dados de Janeiro de 2010 à 15 de Outubro
Brasilia  154 casos."


"Outro tema foi, a utilização de um software recomendado pela OPAS para que o Sistema de Saúde Brasileiro o utilize e seja notificado via web (ao vivo) para as autoridades acompanharem de forma mais "momentânea". Vai demorar, porém já há o formulário para notificação ascendente.

A Anvisa aprovou há pouco tempo uma Resolução que estabelece a Obrigatoriedade da Disponibilidade de Preparação Alcoólica (líquida ou em gel, na concentração apropriada, produtos registrados pela Anvisa ou manipulados com orientação desta, e que representam um elemento equivalente ao hábito de higienização das mãos) e que contenha um dispensador em cada uma das salas onde houver atendimento de nível ambulatorial ou hospitalar. "

[ Até aqui foi tudo que ele disse no vídeo, 99,9% igual =D
Vamos aguardar até semana que vem e ver o que dizem, afinal......é caso para preocupação
tanto da população, quanto dos profissionais de saúde e nós (ainda) alunos.....e eu como futura Enfª Intensivista. ]

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Dentro do hospital (site da Anvisa)


Dentro do hospital, devem ser tomadas medidas de precaução de contato com o paciente infectado por microrganismos multirresistentes. É necessário, por exemplo, que os equipamentos usados nesse paciente não sejam usados em outros enquanto durar a infecção.

Os profissionais de saúde devem higienizar suas mãos frequentemente, especialmente nos seguintes momentos: antes e após contato com o paciente, antes da realização de procedimentos invasivos, após risco de exposição a fluidos corporais e após contato com superfícies próximas ao paciente.


As mãos devem ser higienizadas, preferencialmente, com preparações alcoólicas para as mãos (sob a forma líquida, gel, espuma e outras) ou com água e sabonete líquido. Todos os produtos devem estar devidamente regularizados na Anvisa. Se as mãos estiverem com sujidade visível, o uso do sabonete é o mais indicado.


Os acompanhantes e visitantes também devem ficar atentos a esse cuidado e lavar as mãos frequentemente. Nas visitas a pacientes infectados, devem ser seguidas as medidas estabelecidas pelo hospital.

[ Até mais ♫ ]

30 agosto 2010

Cálculo Parte 8 - Transformação Complexa


Olá !!!
Bom gente...esta é o penúltimo post de cálculos.

O tema de hoje é : TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÃO

Pra não perder o costume...uma pequena introdução aí vai.

As soluções apresentam-se em concentrações variadas e são compostas por um soluto e um solvente.
Podendo ser apresentadas:

Hipotônica: inferior à concentração plasmática;
Isotônica: mesma concentração plasmática;
Hipertônica: superior à concentração plasmática;

Quando temos uma prescrição médica com uma solução de concentração não disponível em nossos estoques, é necessário realizarmos a Transformação da Solução = do Soro.

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EXEMPLO 1


* Este exemplo tem vários passos. Preste bem atenção em cada um, tentando entender o motivo de cada cálculo, de cada número, assim é bem mais fácil decorar.Isso é de extrema importância para o paciente e para você, aumentando a Qualidade da Assistência prestada.


1) Tenho frascos de SG (soro glicosado) 5% em 500ml e ampolas de glicose 25% em 20ml. A PM é de SG 10% 500ml. Como posso transformar a solução que eu tenho na solução prescrita?



1º PASSO - Calcular o disponível SG 500ml a 5%


100ml --- 5g

500ml --- X



x= 2500 / 100 = 25g de glicose



2º PASSO - Calcular a PM SG 500ml a 10%



100ml --- 10g

500ml --- X



x= 5000 / 100 = 50g de glicose



3º PASSO - Calcular a diferença de gramas



50g - 25g = 25g



4º PASSO - Calcular as gramas de glicose por ampola


100ml --- 25g

20ml --- X



x= 500

_______ = 5g de glicose

100



5º PASSO - Quantidade por ampola



1amp --- 5g de glicose

Xamp --- 25g (resultado do 3ºpasso)



5x = 25.1

x= 25 / 5 = 5 ampolas serão necessárias



6º PASSO - Quantidade por ampola



1amp --- 20ml

5amp --- X



x= 20.5 = 100ml para acrescentar



7º PASSO - Não se deve ultrapassar 10% do volume total

do frasco de soro, então despreza-se 100ml.


8º PASSO - Depois que desprezou os 100ml, acaba desprezando glicose também certo?

Então tem de repor os 100ml em ampolas também.


100ml --- 5g de glicose


* Acrecentar depois + 1 ampola (5g de glicose), e + 5 ampolas da PM.



TOTALIZANDO = SG 520ml a 10%

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* Se quiser imprima este post, e leia com bastante calma caso não tenha entendido.
A melhor forma é reler e reler, depois a gente acaba acostumando.
Tentei explicar o máximo possível. Depois posto outro do mesmo estilo.

Até mais =D

Enfermagem é... ;)

ENFERMAGEM:

Enfermeiro não anda, DEAMBULA...

Não questiona, FAZ ANAMNESE...

Não FICA feliz, APRESENTA PARÂMETROS ELEVADOS DE NEUROTRANSMISSORES DO BEM- ESTAR (SEROTONINA, DOPAMINA, NORADRENALINA, ENDORFINAS..)

Não pensa, APRESENTA RACIOCÍNIO CLÍNICO INVESTIGATIVO...

Não incha, tem EDEMA...

Não tem coceira,TEM PRURIDO....

Não se apega, ESTABELECE VÍNCULOS...

Não fica doente, MANIFESTA SINAIS/SINTOMAS...

Não pratica atividades físicas, favorece RETORNO VENOSO, OXIGENAÇÃO CELULAR, REMODELAÇÃO ÓSSEA E RESISTÊNCIA CARDIOVASCULAR. ..

Não conversa, ESTABELECE COMUNICAÇÃO VERBAL...

Não engorda, DESENVOLVE OBESIDADE POR INGESTA EXCESSIVA DE CARBOIDRATOS...

Não trabalha, EXECUTA HABILIDADE COGNITIVA TEÓRICO-PRÁTICA...

Não briga, DIVERGE COM FUNDAMENTAÇÃO. ..

Não ouve, AUSCULTA...

Não impõe, exerce LIDERANÇA...

Não escreve, PRESCREVE...

Não organiza, SISTEMATIZA...

Não fica ansioso, tem DESCARGA ADRENÉRGICA EXACERBADA...

Não arrota... Apresenta ERUCTAÇÃO...

Não tem azia... TEM PIROSE...

Não tem dores de cabeça...apresenta CEFALÉIA...

Não sangra ao se lesionar... Apresenta EXSUDATO SANGÜINOLENTO
Não apenas ampara, oferece SUPORTE EMOCIONAL...


Não dá remédios, ADMINISTRA MEDICAMENTOS...

Não joga fora, DESPREZA...

Não diz camisinha, DIZ CONTRACEPTIVO DE BARREIRA...
 Não limpa com álcool, faz ANTI-SEPSIA ou DESINFECÇÃO...

Não é saudável, MANTÉM HOMEOSTASIA CORPORAL...
 Não lê manuscritos médicos, CONTEXTUALIZA. ..

Não acrescenta cuidado na prescrição de Enfermagem, IMPLEMENTA...

Não trabalha junto, trabalha em EQUIPE...

Não trata, ASSISTENCIA...

Não só gosta do que faz, mas AMA!!!
 
 
Adorei este texto. Legal pra descontrair né?
Até mais ♫


23 março 2010

Cálculo Parte 7 - Macro / Microgotas

O tema de hoje é  Gotejamento de Medicamento em Macro e Microgotas.

Antes, claro, há sempre uma introdução ao assunto.
Estes valores abaixo são praticamente padronizados, mas...as fórmulas é que diferem.
Em quê?   Verão jajá =D

Medidas e equivalências

1 gota = 3 microgotas
1ml = 20 gotas
1ml = 60 microgotas

Fórmula de gota e microgota para infusão em HORAS

Gotas = Volume em ml  
            -------------------  =  nº gotas por minuto
              Tempo em horas .  3 (constante da fórmula )


OU SEJA :     V
                   ------ 
                     T . 3


Microgotas =  V
                    -------   . 3  =  nº de microgotas por minuto
                     T . 3

OU  você também pode fazer o cálculo normal com a fórmula de Gotas e o resultado você multiplica por 3, que é o que está escrito acima...
....dá na mesma.

Fórmula de gota e microgota para gotejamento das soluções em MINUTOS

Gotas =  Volume em  ml . 20
             ----------------------- = nº de gotas por minuto
                Tempo em minutos


Microgotas =   V (ml) . 60
                      --------------  = nº de microgotas por minuto
                         Minutos

Usei o ponto e não o  "x" como sinal de multiplicação porque iria complicar mais, mesmo porque é o correto (sinal padrão) usado nas em fórmulas matemáticas. Bom....vamos aos cálculos então.


EXEMPLO 1  - USANDO FÓRMULA DE HORAS

PM de SF 0,9% 1000ml de  12 em 12 horas, quantas gotas irão infundir por minuto?

   V          1000          1000
-----  =  --------- =  -------- =  27,77...que arredonda-se para  28 gotas por minuto
  T.3          12.3           36

Comentário: Para passar para microgotas pode-se usar a fórmula de
microgotas    ou então     calcular  28 . 3 = 84 microgotas

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EXEMPLO 2  - USANDO FÓRMULA DE MINUTOS

Flagyl 500mg  EV em 100ml para infundir em 50 minutos, quantas gotas e microgotas irão infundir por minuto?

  V . 20         100. 20        2000
----------  = ---------  = ------- =  40 Gotas por minuto
 Minutos          50               50

Comentário: pode-se usar a fórmula de microgotas ou
calcular  40.3  = 120 microgotas por min.

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Cálculo Parte 6 - Permanganato de Potássio

Neste post coloco alguns cálculos de Permanganato de Potássio (KMnO4).
É um sal de manganês, de coloração roxo-escura, solúvel em água fria ou em embulição.
Deve ser acondicionado em frascos escuros e bem fechados pela sua fotosenssibilidade e para
evitar oxidação. Tem ação antisséptica e antipruriginosa. Vem na forma de comprimidos de 100mg.

Sua diluição deve ser realizada conforme prescrição médica, podendo ser:

1:10.000   isto significa 1g de KMnO4 está para 10.000 ml de água.
1:40.000   isto significa 1g de KMnO4 está para 40.000 ml de água.

Atenção:
O permanganato de potássio é corrosivo quando usado de forma inadequada e associado à
glicerina se torna inflamável. (ao mesmo tempo que esta informação é boa pode ser ruim ¬¬
mas blz....depende de quem aproveita a informação...)

EXEMPLO 1

PM 2000ml (2L) de KMnO4 a 1:40.000
Tendo comprimidos / tabletes de 100mg.

Solução / ml      KMnO4

40.000   ------  1000mg
2000    --------  X

40000x = 2000 . 1000

x = 2.000000
----------------  =  50mg
      40000

Como os cp já são de 100mg é só dividir para diluir.

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EXEMPLO 2

PM 1000ml  de KMnO4 a 1:40.000ml com comprimidos de 100mg.

Sabemos que se a solução é a de 1:40.000, temos 1000mg de permanganato em 40.000ml (40L) de água.

1º Passo - Calcular quantos mg de permanganato existem em 1000ml da solução pretendida:

1000 mg  -------  40.000ml
   x           -------  1000ml

40000x = 1000 . 1000

x= 1.000.000
----------------  = 25mg  em 1000ml
40.000


2º Passo - Calcular quanto do comprimido corresponde a 25mg

1cp  ---------  100mg
 X   ----------   25mg

100x = 1 . 25

100x = 25

x= 25
-------- = 0,25 cp  ou 1/4  do comprimido
100


3º Passo - Com a dificuldade de cortar o cp em quatro partes iguais, devemos preparar a solução na dosagem correta, diluindo o cp em 4ml de água destilada.


100mg do cp  --------  4ml
25mg do cp   --------   X ml

100x = 4 . 25

x = 100
----------  =  1 ml
100

X = 1ml da solução que é 25mg de KMnO4.

Resposta:
Para preparar a solução de KMnO4 colocaremos 1 ml da diluição do cp em 1000ml (1L) de água,
obtendo assim a solução de KMnO4 a 1:40.000 ml.

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Cálculo Parte 5 - Penicilina Cristalina

Olá pessoal.
Não posto desde o ano passado, mas voltei ...vou postando conforme é possível =)

Hoje posto sobre Penicilina Cristalina.
É um antibiótico comercializado em frascos de 3 formas padronizadas:
1.500.000UI (unidades internacionais) ,
5.000.000UI  ou  10.000.000UI.
Ou também podemos ler como 1,5  ;  5   ou  10 milhões de unidades internacionais.

O FA (frasco ampola) contém alguns ml em pó, e ao diluir utiliza-se ml de solvente, sendo AD(água destilada).   Totalizando uma quantidade máxima de acordo com o que comporta cada frasco.


EXEMPLO 1

PM. Penicilina Cristalina 2.500.000UI  EV-4-4hs.
Disponível FA de 5.000.000 UI. Como devemos proceder?

5.000.000   ---------   10ml (2ml de pó de PC + 8ml AD)
2.500.000   ----------     X


5000.000x = 2500000 . 10

5000.000x = 25000000

x= 25000000
----------------  =   5ml   , ou seja, metade do frasco
5.000.000


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EXEMPLO 2

PM 6.000.000 UI  EV.
Disponível FA de 10.000.000 UI.

10.000.000 UI  ----------  20ml (4ml pó + 16ml de AD)
6.000.000 UI    -----------  X

10.000.000x = 6.000.000  .   20

10.000.000x = 120.000.000

x= 120.000.000
-------------------  =  12ml  do frasco
6.000.000


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03 dezembro 2009

Cálculo Parte 4 - Transformar % de SF e SG

Nesta postagem, perceba que as soluções se modificam.
Existem 2 tipos.  SF e SG.
Irei colocar 2 exemplos. Tenho 2 porque a diferença entre eles, pelo menos nos
cálculos é um pouco diferente e legal pra se ver.

*Regra básica: o SGF é composto de 5% de glicose
e 0,9% de NaCl.

EXEMPLO 3

1) Transforme SG 5%   1000ml em SGF 1000ml.
Temos ampolas de NaCl 20%  10ml, e SG5 % 1000ml.

SF 0,9 --- 100ml
 X  (o necessário)  ---  1000ml

100x = 0,9 . 1000
x= 900 / 100  = 9g de NaCl são necessários


Ampola   100ml  --- 20g
Ampola    10ml  --- X

100x = 200
x= 200 / 100 = 2g por ampola

--------------

1amp  ---  2g
X         --- 9g

2x = 9.1         x= 9 / 2 = 4,5 ampolas

--------------

1amp  --- 10ml
4,5 amp  ---  X

x = 4,5 . 10 =  45ml

Então, ao todo será um SGF de 1045ml  (1000 + 45 desse último resultado).

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2)  Preparar SGF 500ml. Temos (água destilada) AD 500ml, glicose 50% em 20ml,
e NaCl 10% em 10ml.   Como proceder?



Glicose              100ml  --- 5g(%)
Necessária        500ml  --- X

100x=2500
x= 2500 / 100 = 25g



NaCl                100ml   ---  0,9(%)g
Necessário     500ml  --- X

100x= 450
x= 450 / 100 = 4,5g

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Ampola    50g   ---   100ml
Glicose      X     ---   20ml

100x= 1000
x= 1000 / 100 = 10g


Ampola    10g   ---   100ml
NaCl          X      ---   10ml

100x = 100
x= 100 / 100 = 1g

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Glicose       20ml  --- 10g
Aspirada     X       --- 25g

10x = 25.20
x= 500 / 10 = 50ml  ou 2,5 ampolas


NaCl            10ml    ---  1g
Aspirado       X       ---   4,5g

x= 10.4,5 = 45ml ou 4,5 ampolas

* Portanto, irá desprezar 95ml da AD.
DEPOIS sim, adicionar 95ml de soluto em  500ml  na AD.