23 outubro 2010

KPC (klebsiella pneumoniae carbapenemase): a Superbactéria?



Novas medidas vão reforçar a prevenção de infecções por microrganismos multirresistentes

22 de outubro de 2010

A Anvisa reuniu, nesta sexta-feira (22/10), em Brasília (DF), infectologistas, microbiologistas e especialistas em infecção hospitalar para discutir recomendações e medidas de prevenção das infecções hospitalares provocadas por microrganismos resistentes a antibióticos. O resultado das discussões vai integrar uma nota técnica dirigida a hospitais, secretarias de saúde e comissões de controle de infecção hospitalar e será publicada nesta segunda-feira (25/10).


Na mesma data, os diretores da Agência aprovaram a obrigatoriedade de que os serviços de saúde brasileiros disponibilizem solução alcóolica para a higienização das mãos dos profissionais de saúde em todos os pontos de atendimento aos pacientes. Os estabelecimentos deverão cumprir a norma a partir de 60 dias, contados da publicação da resolução no Diário Oficial da União.


Já as farmácias e drogarias brasileiras vão passar a reter a receita médica durante a venda dos antibióticos. Esses estabelecimentos terão 30 dias para se adequar à norma a partir da publicação da medida. As duas resoluções devem ser publicadas no Diário Oficial da União na próxima semana.


Os recentes casos de infecção hospitalar registrados no Brasil trouxeram à tona um problema de amplitude mundial: a resistência natural que microrganismos, como bactérias, vírus e fungos, adquirem ao longo do tempo e que pode ser acelerada por ações humanas, como o uso irracional de antibióticos.


Assista ao vídeo da entrevista com o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano. (site da anvisa)
http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home/!ut/p/c5/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hnd0cPE3MfAwMDMydnA093Uz8z00B_AwN_Q_1wkA48Kowg8gY4gKOBvp9Hfm6qfkF2dpqjo6IiAJYj_8M!/dl3/d3/L2dBISEvZ0FBIS9nQSEh/#

Resumo do vídeo:

"De acordo com informações da Anvisa e dos especialistas podemos informar a população e manejar
o controle das infecções."

O diretor da ANVISA responda à algumas perguntas que ele fez e as respostas dos especialistas como:

1) Os casos de infecções hospitalares causados pela KPC relatados até o momento representam algum episódeo excepcional em relação ao historico das infecções hosp. no Brasil? Algo fora do controle?

R: Não. Estudos isolados conduzidos por centros de pesquisa indicam que a taxa média de infecção hospitalar no Brasil situa-se em 14% e não houve alteração, nem pela KPC.

2) Desde quando existem casos relatados dessa bactéria?

R: O primeiro caso foi em 2005 , descrito em 2009. Dados da OMS descrevem que em 2000, nos EUA 14.000 indivíduos são infectados e morrem a cada ano em consequência de bactérias multi-R adquiridas em ambiente hospitalar.

3) Há dados que indiquem que as infecções por KPC estão ocorrendo com maior incidência em relação aos demais microorganismos multi-resistentes?

R: Não, e ainda existem outros mais multi-resistentes ainda, considerados pelas comunidade científicas internacionais, patógenos multi-R causadores de infecções relacionadas à resistência , outros 4 tipos que são tao ou + prevalentes no bra e no mundo

4) A morbidade e mortalidade causada por essas infecções é maior do que a dos outros microorganismos?
R: Não, não existem evidências.

5) Há medidas específicas que devem ser adotadas nos casos de infecções hospitalares causadas por essa bactéria (KPC)?

R: Não. São medidas de prevenção e controle aplicadas contra a disseminação de agentes multi-R na assi a saúde e em especial na higienização das mãos, Precaução Padrão e de Contato e a Política Nacional do Uso dos Antibióticos.

6) Bom, se não há nada em especial nesse microorganismo, porque ocorrem então, infecções hospitalares, e de forma geral como elas podem ser evitadas?

R: As infecções são resultado de uma série interações entre o angente infeccioso e o paciente e sua imunidade, o local, as técnicas de procedimento realizadas. As infecções por bactérias multi-R ocorrem no ambiente hospitalar e são mais frequentes em pacientes com quadro de saúde mais debilitado, em cirurgias de politraumas, UTI (acamados) com uso de vários procedimentos de caráter invasivo, que é quando se instalam, mas que na verdade são infecções causadas por esse microoganismo, e que surgindo nesse ambiente se tornam mais resistentes aos antibióticos do que os fora do ambiente hospitalar. Por isso que os programas das comunidades de Comissão de Controle de Infecções Hospitalares  devem direcionar as ações para o monitoramenteo da res. è fund q os hosp e autoridade sde sau ident o perfil de resistencia. Alguns desenvolveram mais resistencia, e nem sempre todas as inf sao causadas por esses, mas o importante é compreender como a resistência se altera ao longo do tempo. As unidades de saúde devem aplicar de forma correta o manejo de tratamento dessas infecções, como um bom diagnóstico, identificação mais precisa da cepa do microoganismo, a escolha mais apropriada do antibiótico, pra que não utilize de maneira inadequada ou desnecessária.

7) É possível afirmar que o quadro de infecções hospitalares no Brasil tem se agravado com o que chamamos popularmente de superbactérias?

R: O grupo foi taxativo em dizer SIM. Em todos os países do mundo, é tido como problema de saúde pública, e mundial. Quanto mais as equipes de saúde estiverem preocupadas no manejo desse problema vamos conviver melhor e submeter menos pessoas ao risco de infecções ou morte.

8) Há meio de diagnóstico de infecções hospitalares disponível nos hospitais do Brasil? Há antibióticos pra tratar todas as infecções hospitalares que apareceram até hoje?

R: Para as duas perguntas SIM.  "

continuação....
"Além dessas perguntas, o grupo trabalhou num documento que será transformada em uma nota técnica que será publicada na segunda-feira e trazem uma série de recomendações para os Serviços de Saúde, CCIH, trabalho assistencial e laboratorial de Saúde Pública, e as CCIH devem notificar e serem notificadas e analisar e cobrar as Unidades de Saúde no cumprimento segundo a Portaria de 1998.

Outro dado preciso é onde já houve presença ou caso de microorganismo relacionado à KPC e números sobre Brasília e outros Estados.

NÚMERO DE PACIENTES INFECTADOS PELA KPC EM AMBIENTE HOSPITALAR

Dados relacionados de Julho de 2009 à  Julho de 2010 indicam:
Estados de Espírito Santo 3, Goiás 4 , Minas Gerais 12, Santa Catarina 3.

Dados de Julho de 2009 à Outubro de 2010
São Paulo 70 casos.

Dados de Janeiro de 2010 à 15 de Outubro
Brasilia  154 casos."


"Outro tema foi, a utilização de um software recomendado pela OPAS para que o Sistema de Saúde Brasileiro o utilize e seja notificado via web (ao vivo) para as autoridades acompanharem de forma mais "momentânea". Vai demorar, porém já há o formulário para notificação ascendente.

A Anvisa aprovou há pouco tempo uma Resolução que estabelece a Obrigatoriedade da Disponibilidade de Preparação Alcoólica (líquida ou em gel, na concentração apropriada, produtos registrados pela Anvisa ou manipulados com orientação desta, e que representam um elemento equivalente ao hábito de higienização das mãos) e que contenha um dispensador em cada uma das salas onde houver atendimento de nível ambulatorial ou hospitalar. "

[ Até aqui foi tudo que ele disse no vídeo, 99,9% igual =D
Vamos aguardar até semana que vem e ver o que dizem, afinal......é caso para preocupação
tanto da população, quanto dos profissionais de saúde e nós (ainda) alunos.....e eu como futura Enfª Intensivista. ]

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Dentro do hospital (site da Anvisa)


Dentro do hospital, devem ser tomadas medidas de precaução de contato com o paciente infectado por microrganismos multirresistentes. É necessário, por exemplo, que os equipamentos usados nesse paciente não sejam usados em outros enquanto durar a infecção.

Os profissionais de saúde devem higienizar suas mãos frequentemente, especialmente nos seguintes momentos: antes e após contato com o paciente, antes da realização de procedimentos invasivos, após risco de exposição a fluidos corporais e após contato com superfícies próximas ao paciente.


As mãos devem ser higienizadas, preferencialmente, com preparações alcoólicas para as mãos (sob a forma líquida, gel, espuma e outras) ou com água e sabonete líquido. Todos os produtos devem estar devidamente regularizados na Anvisa. Se as mãos estiverem com sujidade visível, o uso do sabonete é o mais indicado.


Os acompanhantes e visitantes também devem ficar atentos a esse cuidado e lavar as mãos frequentemente. Nas visitas a pacientes infectados, devem ser seguidas as medidas estabelecidas pelo hospital.

[ Até mais ♫ ]

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