07 dezembro 2010

Enfermagem Cirúrgica e Centro Cirúrgico

Hello !
Depois de algum tempo...volto a postar....depois de tantas provas e madrugadas acordada rsssss

Desta vez, vamos mudar um pouco a temática né?
Chega de cálculos por enquanto (postarei alguns de UTI que serão bem tensos ...prepare-se  rsssss).
Neste post trago algo mais da Admissão do Paciente

Como aprendido e citado em várias disciplinas como: Enf Clínica, Semiologia e Semiotécnica,
Centro Cirúrgico (CC), Enf Cirúrgica e CME e RA e etc...precisamos de algo para avaliar o paciente
que é a famosa SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem, porém no CC ela é chamada de
SAEP - Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória.

ETAPAS DA SAEP

1. Avaliação Pré-Operatória de Enfermagem
2. Transoperatório de Intraoperaório
3. Recuperação Anestésica
4. Visita Pós-Operatória de Enfermagem

TERMINOLOGIA


Período Pré-Operatório Imediado = é definido como as 24horas antes da cirurgia.
Transoperatório = Tem associado o Período Intraoperatório, a Recuperação Anestésica (RA) e o pós operatório imediato.
Pós-Operatório Imediato (POI)= Até 48hs após o procedimento anestésico-cirúrgico.
Pós-Operatório Tardio (POT) = após 30 dias da cirurgia (ou a partir do 15º dia segundo alguns autores)


ADMISSÃO DO PACIENTE

O objetivo geral é promover o ensino ao paciente e a família com medidas de recuperação a fim de aumentar sua autoconfiança e facilitar a prática do auto-cuidado no pós-operatório

Ações Específicas do Enfermeiro

* Entrevista admissional
* Realização do exame físico
* Proporcionar as melhores condições físicas e emocionais para a cirurgia
* Provisão da segurança do paciente
* Processos alérgicos
* Transfusão sanguínea
* Checagem de exames
* Promover ações com a equipe interdisciplinar
* Avaliar os dados e registros sobre a evolução do pcte
* Orientar pcte / familiar sobre as medidas de prevenção das complicações no Pós-Op.
* Realizar planejamento educacional verbal e prescrito
* Avaliação dos efeitos dos agentes anestésicos para saber o que esperar no Pós-Op
* Monitorização dos SSVV
* Gerenciamento da Dor
* Prevenção de complicações (saber Histório da Cirurgia, Intercorrências, Anestésicos, Tipo/Situação Anatômica da Cirurgia
* Antecedentes Patológicos

Exames Diagnósticos e Laboratoriais

* ECG
* Radiografia de Toráx
* Exames de Imagem ( TC tomografia / angiografia)
* Tipagem sanguínea e Fator Rh
* Eletrólitos para avaliar Função Renal:
  ♦ Sódio 135-146 mEq/L
  ♦ Potássio 3,5 - 5,0 mEq /L
  ♦ Creatinina 0,8 - 1,2 mEq/dL
  ♦ Uréia 10 - 50 mg/dL
  ♦ Ca2+ = Cálcio
* Glicemia de jejum 75- 100mg/dL
* Hemograma:
  ♦ Hb (hemoglobina) 13,5 - 17,5 g/dL
  ♦ Ht (hematócrito) 38 - 50 %
  ♦ Leucócitos 3.500 - 10.5000 mm³
* Coagulograma:
  ♦ Plaquetas 150.000 - 450.000 mm³
  ♦ TP (tempo de prótrombina) 11 a 13seg
  ♦ TTPA (plaquetas)
  ♦ TS (tempo de sangramento)
  ♦ INR 1,00 - 1,20
* Função Hepática
  ♦ TGO
  ♦ TPG
  ♦ Gama GT

Muito bem, agora vamos pular rapidamente para o Pòs-Op.



ADMISSÃO DO PACIENTE NO PÓS-OP. NA UNIDADE CIRÚRGICA

* Confirmação da reserva de vaga com o CC para Unidade Cirúrgica
* Nome e idade do paciente, prontuário e pulseira de identificação
* Intervenção / cirurgia realizada
* Médico / Cirurgião
* Previsão para Admissão na unidade
* Designar membro da equipe
* Exame Físico para otimizar a Assistência

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CLASSIFICAÇÃO DE CIRURGIA POR POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO

A ocorrência ou não de infecção vai depender de muitos aspectos, mas principalmente
da quantidade do agente inoculado e da sua virulência, além da capacidade de defesa do hospedeiro.
O número de microorganismos presentes no tecido a ser operado determinará o potencial de
contaminação da cirurgia.
Também vale lembrar que é algo importante nas provas da facul rsssss, é solicitado em várias
disciplinas....então vamos lá, porque essa classificação?


* Surgiu por volta da década de 60 com a finalidade de nortear o uso racional de antibióticos.
Classificação elaborada pelo Ministério da Saúde através da Portaria 2616 de 1998 => quem dá
a classificação é o cirurgião, somente no final da cirurgia.


CIRURGIA LIMPA

são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local. Cirurgias Eletivas não traumáticas, e sem penetração nos tratos respiratório, digestório e genitourinário, sem qualquer falha na técnica asséptica e sem drenos.~

* Artroplastia ou prótese de quadril
* Cirurgia cardíaca sem CEC (circ. extra corpórea)
* Neurocirurgia
* Mamoplastia
* Ooforectomia
* Enxertos cutâneos
* Dermatológicas / Plásticas


CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADA

são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana residente pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação. Abertura do trato respiratório, digestório ou genitourinário sob condições controladas, sem contaminação significativa.

* Histerectomia
* Prostatectomia
* Feridas traumáticas limpas, com ação cirúrgica até 10hs após o trauma
* Cirurgia cardíaca prolongada com CEC


CIRURGIA CONTAMINADA

realizadas em tecido colonizado por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível. Incisão na presença de inflamação não purulenta aguda, quebra grosseira da técnica asséptica, trauma penetrante há menos de quatro horas.

* Apendicectomia
* Desbridamento de queimadura
* Cirurgia bucal e dental
* Fraturas expostas após 10hs de ter ocorrido o trauma


CIRURGIA INFECTADA

realizada em qualquer tecido ou órgão quando há presença de secreção purulenta, área necrótica ou corpo estranho; perfuração de vísceras, trauma penetrante há mais de quatro horas, ferida traumática com tecido desvitalizado ou contaminação fecal.

* Cirurgia do reto e /ou ânus com pus
* Cirurgia abdominal com presença de pus e conteúdo do cólon
* Nefrectomia com infecção


Taxas de Infecção do Sítio Cirúrgico de acordo com Potencial de Contaminação

1.  C. Limpa - 1 a 5%
2.  C. Potencialmente Contaminada - 3 a 11%
3.  C. Contaminada - 10 a 17%
4.  C. Infectada - 27%

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BIBLIOGRAFIA:

* SOBECC, Práticas Recomendadas, 2007.
* MEEKER, MH e ROTHROCK, JC. Alexander. Cuidados ao paciente Cirúrgico, 1995.
* Possari, JF. Centro Cirúrgico, 2004.
* BRUNNER e SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica,2002.

Bom este é apenas um resumo de um semestre, porém, algo importante, básico e que não
deve ser esquecido para o bem-estar do paciente, assitência de qualidade realizada por você
e é claro a reputação do seu setor e de seu trabalho.
Espero que tenha sido válido o post.


Até mais